sexta-feira, 15 de maio de 2009
COMPORTAMENTO VIOLENTO NOS JOVENS PODE SER GERADO POR TV, WEB E JOGOS ELETRÔNICOS
Diante da TV, aos 20 anos de idade, um jovem já teve a oportunidade de presenciar cerca de 200 mil atos de violência
No período de férias, 80% das crianças que têm acesso à televisão ou à internet utilizam mais tempo se dedicando aos programas de TV ou aos jogos interativos do que fazendo qualquer outra atividade como prática de esportes, brincadeiras ao ar livre e leitura. Com esse hábito, um jovem que chega aos 20 anos já teve a oportunidade de presenciar cerca de 200 mil atos de violência, segundo especialistas.
As crianças representam expressiva fatia do consumo familiar, daí a saturação de imagens e publicidade dirigida especificamente a esse público. Novos heróis do mundo da fantasia promovem a necessidade de consumir roupas, brinquedos e grifes. Basta observar o modo como as crianças de hoje dançam e se vestem para ter uma idéia da influência dos programas de TV.
A participação da mídia na vida das crianças e dos adolescentes é enorme. Ela forma opiniões, cria paradigmas e influencia o comportamento. Essa influência atinge a criança justamente quando ela busca um modelo a seguir por toda a vida, numa fase em que mais de 40% delas ainda não conseguem diferenciar a realidade da ficção exibida na tela.
Os jogos eletrônicos também apresentam efeitos nocivos sobre o jovem usuário. A técnica empregada em alguns deles é a mesma usada para treinamento de soldados: induz o jogador a tornar automática sua resposta violenta, privilegiando a reação dos reflexos em detrimento da atividade cerebral.
A internet é outro fator de influência no comportamento dos jovens, principalmente dos adolescentes, que constituem um grupo de risco particularmente importante, uma vez que, além de terem uma supervisão muito mais difícil, estão expostos a discussões on-line nas quais buscam relacionamentos e atividade sexual.
Para os especialistas, a Internet pode ser considerada de alto risco para a segurança da criança e do adolescente, mas a melhor forma de lidar com ela não é sua proibição. "Importante dizer que o fato de centenas de crimes serem cometidos on-line não constitui razão para impedir o acesso dos jovens à rede. Afinal, as habilidades no computador lhes serão úteis em muitas atividades no futuro. A pior coisa é a proibição", alerta o doutor Ulysses Doria Filho, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP e um dos colaboradores do livro Criança e Adolescente Seguros (Publifolha).
Para ele, a melhor solução é a participação dos adultos nessas atividades e, sempre que possível, coordená-las junto aos jovens. Os pais podem tomar algumas medidas de controle para que as crianças e os adolescentes não sofram com a violência eletrônica.
Reduzir o tempo destinado a ver televisão a uma ou duas horas por dia.
Ajudar os filhos a descobrir outras atividades, como esportes, hobbies e programas familiares.
Conhecer os programas que os filhos vêem. Diante de cenas de sexo, abuso de drogas ou violência, ajude-os a compreender o que estão vendo, mostrando toda a extensão do problema.
Não instalar aparelhos de TV nos quartos das crianças, e sim nas áreas de uso comum.
Ensinar aos filhos os riscos que se corre ao usar a internet, ao marcar encontro com desconhecidos, fornecer informações pessoais, freqüentar salas de conversação etc.
De vez em quando, verificar por onde o filho tem navegado quando está sozinho, mediante consulta ao histórico de acessos.
Instalar softwares de controle de acesso a sites.
Avaliar se é o caso de compartilhar o próprio e-mail com o filho.
Crianças e Adolescentes Seguros
Para amenizar os riscos de acidentes que envolvem esse público, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) reuniu 45 especialistas e criou uma espécie de bíblia da pediatria brasileira nessa área.
Lançado pela Publifolha, o livro reúne textos claros e precisos que, com o apoio de ilustrações, tabelas e testes, mostram como identificar riscos nos ambientes domésticos e externos, garantir a segurança de equipamentos e brinquedos, adotar medidas preventivas, prestar os primeiros socorros, entre outras orientações.
O título traz recomendações dos maiores especialistas da área, reunidos pela Sociedade Brasileira de Pediatria - entidade que, desde 1910 congrega mais de 20 mil pediatras de todo o Brasil. O objetivo dos autores foi preencher uma lacuna na área de educação em saúde, oferecendo aos pais e aos educadores informações e dicas valiosas sobre a prevenção de acidentes e violências contra crianças e adolescentes.[14]
Crianças e Adolescentes Seguros
Autor: Sociedade Brasileira de Pediatria, coordenação Renata Waksman, Regina Maria Catucci Gikas e Wilson Maciel
Editora: Publifolha
336 páginas
R$ 49,90
Os livros podem ser adquiridos nas principais livrarias do país, pelo televendas 0800-140090 ou pelo site www.publifolha.com.br
Autor: RENATA TOMASETTI
Fonte: SEGS.com.br
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Parabéns pelo seu blog!!!
ResponderExcluirFiz um cantinho especial para os selinhos q tenho recebido, passa lá pra conhecer e pegar o seu também ta bom?!
Bjs,
Bete